Godinho e a compra da exploração turística das casas e golfe do Bom Sucesso
A empresa de António Godinho comprou a BS Villas por 63.500 mil euros após a sua insolvência em Março de 2015, a compra foi efectuada em Abril do Mesmo ano.
O Bom Sucesso tinha prevista a construção de 600 casas, mas só foram construídas 350. Ainda assim, foram vendidas 430, mas nem todas foram construídas, existindo apenas o lote pois os seus proprietários ainda não iniciaram a sua construção.
Uma área de 150 hectares de eucaliptais no concelho de Óbidos, perto da lagoa, foi transformada em poucos anos num empreendimento de luxo, com padrões de qualidade de alto nível, e com uma dimensão verdadeiramente internacional.
A dimensão internacional do projecto surpreendeu os próprios promotores. Mais de 70% das compras de casas foram feitas no estrangeiro, sobretudo por ingleses, irlandeses e espanhóis. As casas valiam entre 300 mil até perto de 1 milhão de euros.
A estrutura accionista do Bom Sucesso era complexa. Cerca de metade do seu capital pertencia a um fundo imobiliário fechado que é integralmente detido pela Acordo Óbidos SA que, por sua vez, é detida a 100% pela Bom Sucesso SGPS. Estas duas últimas estão insolventes, dos credores, entre eles a Caixa Nova Galícia (como era denominada Abanca, após um processo de fusão) que sobre ele reclama créditos de 30 milhões de euros.
A outra parte do capital pertence em 24% à família Graça Moura, que foi promotora do projecto, ao BES PME Capital Growth (15%) e ao Estado Português que, através da Portugal Ventures (uma operadora de capital de risco público), detém 15% do capital.
São todas estas entidades que detém, por sua vez, a empresa que trata da exploração do empreendimento (BS Actividades Hoteleiras e Turismo SA) e a que trata do campo de golfe (Golf Bom Sucesso SA). Ambas, porém, estão insolventes.