António Godinho, derrotado em Tribunal, a vitória da Democracia.

António Godinho tentava ganhar na secretaria, colocou uma providência cautelar para suspender as eleições no Montepio.
O Tribunal foi claro: "os Requerentes fundam a sua pretensão numa hipotética desconformidade dos votos por correspondência no âmbito do acto eleitoral convocado para 7 de Dezembro de 2018. Os Requerentes pugnam que as assinaturas (dos votos por correspondência) têm de ser reconhecidas e tem de ser observado o Regulamento Geral de Protecção de Dados".
Mas, "como os próprios Requerentes referem e resulta da análise dos mesmos, quer dos Estatutos (...) quer do Código das Associações Mutualistas (Decreto-Lei n.º 59/2018, de 02 de Agosto, com entrada em vigor em 2 de Setembro de 2018 - artigo 86.º, n.º 3), é admissível o voto por correspondência".
A falta de factos para o que alegam, tornando o que alegam de meras conjecturas, são alguns dos argumentos usados pela juíza para indeferir a providência cautelar.
"Os Requerentes alegam que a Requerida tem insistido em não garantir que o processo eleitoral se processe no estrito cumprimento da legalidade e das normas aplicáveis, no entanto não alegam - logo, não pode ser demonstrado, ainda que indiciariamente - um único facto nesse sentido. Na verdade, a argumentação dos Requerentes é meramente conjectural e hipotética, sem assentar em factos concretos, resultando das suas próprias alegações que temem a «potencial invalidade e nulidade dos actos da Associação Mutualista»", lê-se na resposta do Tribunal.
"Não se verifica o fundado receio de lesão grave e dificilmente reparável do invocado direito dos Requerentes em garantir que o processo eleitoral convocado para 7 de Dezembro se processe no estrito cumprimento da legalidade e das normas aplicáveis", adianta o documento.
"O perigo de lesão do direito do requerente tem de configurar uma actuação ilegítima, que careça de fundamento, o que não é a situação alegada nos autos, nos termos em que os Requerentes a configuram", escreve a juíza.
Uma derrota em toda a linha que deita por terra toda a argumentação e discurso difundido nos últimos meses por quem tem apostado numa tomada do poder assente na lama e no levantar de falsas acusações.